terça-feira, 23 de agosto de 2011

Qual a sua escolha? Artigo de Sandra Maia

As escolhas norteiam nosso dia-a-dia. A partir delas, poderemos atuar para ser melhor, nos mantermos no mesmo patamar ou até mesmo dar uma escorregada e caminhar para trás... É verdade! São nossas as escolhas.

São elas as responsáveis pelo que somos, fomos ou vamos ser. São elas que nos fazem evoluir ou manter o padrão, a crescer com as descobertas ou nos enterrarmos nos comportamentos repetitivos, a nos autoconhecer e/ou nos manter em relacionamentos para que não tenhamos de nos olhar...

A cada momento há uma escolha! Complexo isso, não? Mas repare, até a não escolha, é uma escolha! Ou seja: não temos saída. O fato de existirmos já nos faz todo o tempo exercitar o que queremos ou não queremos a cada momento. Quem queremos ou não queremos na nossa vida. A quem vamos nos dedicar ,ou não, com o que temos de mais precioso — nosso tempo!

E, nesse contexto, se não escolhemos seremos escolhidos. E isso, infelizmente, nem sempre atenderá nossas expectativas mais intensas.
Se tempo é vida e, portanto, não volta atrás, não podemos sair por aí recolhendo o tempo que demos ao outro, a uma causa, a uma escolha. Ele simplesmente passa e não volta! O que temos a fazer, então, é ficar atentos, presentes, vivos. Não devemos continuar a eleger de qualquer maneira o que fará ou não parte das nossas vidas.

É preciso foco, tempo, análise e reflexão para tudo o que praticamos. Tudo bem que nem sempre vamos conseguir essa qualidade. Algumas vezes vamos mesmo ligar o "piloto automático" e, nesse caso, seja o "que Deus quiser". O que não vale é ficar todo o tempo no automático enquanto a vida, os amores, os relacionamentos passam... Se agirmos dessa forma não vamos aprender com o que está acontecendo, vamos nos condenar a repetir e repetir a não escolha, ou a escolha mais complicada, por muitos e muitos anos...

E porque fazemos isso? Por que não paramos para compreender a escolha, a opção que estamos aceitando no momento em que estamos vivenciando a experiência?
Difícil responder. Pode ser por que não aprendemos, não sabemos que são nossas as escolhas. Pode ser por preguiça, por medo, etc, etc. E isso não tem absolutamente nada a ver com a disposição. Não quer dizer que não tenhamos disposição para o trabalho, para os amigos, para o lazer, para a família, para o parceiro. Nem tempo!

Arranjamos esse tempo. Nos dividimos em 1.000 para atender a tudo e a todos e, na contrapartida, não ter de pensar em nós, ou melhor, não escolher para nós. Esse tipo de atitude tem impacto direto em nossos relacionamentos. Toda vez que for mais fácil, ou menos doloroso, nos ocupar do outro do que de nós vamos ter um problema. Os sonhos, projetos, vontades, desejos, tudo do outro é do outro. Não importa se parece ter mais cor, mais importância, mais diversão — não é nosso. Podemos incluir tudo isso na nossa vida, mas, para tanto, é preciso ter uma vida.

O outro sempre irá se apaixonar pelo que fazemos de nós e não pelo que fazemos dele. Normalmente, o outro pode se cuidar muito bem. Ele sabe fazer escolhas, manter-se firme nos seus sonhos, nas suas conquistas – e evoluir. E nós?!? Quando será que vamos ter tempo para olhar, e escolher o que realmente nos importa? Dar-nos tempo, vida, atenção?

Talvez seja este um bom momento para questionar tudo. A casa, os amigos, o estilo de vida, o parceiro, o trabalho, os estudos, o cotidiano! Como estamos? Chegamos aonde queremos?! Aliás, aonde queremos chegar?!? Pare, responda sinceramente a você mesmo e... faça as suas escolhas. As SUAS escolhas!


(artigo de Sandra Maia, autora dos livros “Eu Faço Tudo por Você - Histórias e relacionamentos co-dependentes” e “Você Está Disponível? Um caminho para o amor pleno”) 

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