Hoje o meu pai, Kemal Jazzini, completaria 92 anos.
Como bom virginiano, sofria por antecipação,
adorava uma boca livre e tinha um senso de humor britânico.
Ele era um homem dedicado e fiel à seus livros do Alfred Hitchcock
aos seus discos do Frank Sinatra e aos gatos.
Enquanto tinha uma boa visão, a cada dois dias ele levava comida
para os gatos que ficavam no Viaduto Maria Paula, no centro de São Paulo.
E depois quando não pode mais se locomover sozinho,
contribuía para a sociedade dos animais.
Ele foi um pai que me proporcionou uma educação diferenciada,
não me apoiou na minha escolha de Faculdade e
durante muitos anos ainda zombava das minhas escolhas
nos caminhos da espiritualidade.
Porém, ele investiu no meu primeiro Tarot e nos meus cursos terapêuticos,
e dizia no meu começo de carreira, não leve isso muito à sério,
Por ele eu teria feito Direito e ingressado na Diplomacia.
Com o passar dos anos, ele percebeu que eu tinha uma missão,
e comigo aprendeu a rezar e muitas vezes fizemos isso juntos.
E ele dizia numa situação desafiante: "Isso é fogo na roupagem preta,
mas, há de se resolver e não vai durar para sempre".
Meu querido Pai, que o céu esteja em festa hoje,
vou celebrar com um café expresso que você tanto gostava.
Eu sou muito grata por tudo que você me proporcionou.
Que hoje e sempre você tenha muita luz.
Que assim seja!
Deborah Jazzini
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